Hoje, 14/01/2025, foi um dia marcante para mim e, acredito, para muitos outros que costumam passar horas no Instagram explorando filtros. A plataforma anunciou a retirada de diversos filtros de realidade aumentada, e a medida causou um impacto imediato na forma como interagimos e nos expressamos nas redes sociais. Quero compartilhar minha reflexão sobre como essa decisão me afetou e o que ela pode significar para o futuro.
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Primeira reação
Ao abrir o Instagram hoje pela manhã, notei algo diferente. Filtros que eu costumava usar para editar fotos e vídeos simplesmente haviam desaparecido. A princípio, pensei que fosse algum problema técnico ou uma atualização temporária. No entanto, após buscar informações, descobri que a remoção era uma decisão intencional e definitiva. A justificativa para essa medida era garantir maior transparência e evitar a disseminação de padrões irreais de beleza, além de atender a certas regulamentações legais.
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Reflexão sobre a autenticidade
Confesso que minha primeira reação foi de incômodo. Sempre usei os filtros não apenas como uma forma de melhorar a aparência das fotos, mas também como uma maneira de brincar e explorar diferentes estéticas. Cada filtro trazia uma nova possibilidade de criatividade, permitindo-me experimentar com luz, cor e efeitos que eu não conseguiria reproduzir de outra forma. Agora, sem eles, senti que parte dessa liberdade havia sido retirada.
Por outro lado, começar a postar sem filtros me fez refletir sobre como eu realmente me apresento online. Percebi que, muitas vezes, os filtros atuavam como uma forma de mascarar imperfeições ou criar uma versão idealizada de mim mesma. É curioso pensar como algo que começou como uma brincadeira acabou se tornando uma ferramenta tão central na forma como vejo e compartilho minha própria imagem. Sem os filtros, fui forçada a confrontar uma versão mais autêntica de quem sou e a questionar por que sempre senti a necessidade de ajustá-la.
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Influência de padrões de beleza
A decisão da retirada dos filtros do Instagram também gerou uma discussão mais ampla sobre a influência das redes sociais na autoestima e na percepção de si mesmo. Muitos argumentam que os filtros contribuem para a disseminação de padrões de beleza inalcançáveis, especialmente entre os jovens. A comparação constante com imagens editadas pode levar a sentimentos de inadequação e ansiedade. Por outro lado, outros defendem que os filtros são apenas uma forma de expressão criativa e que a responsabilidade por interpretar essas imagens de forma saudável é de cada usuário.
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Adaptação e fortalecimento da autoestima
Pessoalmente, acredito que a retirada dos filtros pode ser uma oportunidade para repensarmos nossa relação com a própria imagem e com a forma como interagimos nas redes. Sem os filtros, somos convidados a nos mostrar como realmente somos, com todas as nossas particularidades e imperfeições. Isso pode ser desafiador, mas também libertador. Afinal, não é mais necessário corresponder a padrões artificiais ou depender de ferramentas para nos sentirmos aceitos.
Ao longo do dia, comecei a explorar maneiras de me adaptar à nova realidade. Testei postar fotos mais naturais, sem medo de mostrar pequenas imperfeições que antes eu teria tentado esconder. Para minha surpresa, recebi mais elogios e mensagens positivas do que esperava. Isso me fez perceber que, muitas vezes, a autenticidade é mais valorizada do que a perfeição.
Por fim, embora a retirada dos filtros do Instagram tenha causado um impacto inicial, também abriu espaço para uma reflexão importante. Estamos em um momento de transição, em que é possível abraçar a autenticidade e nos reconectar com nossa verdadeira imagem. Para mim, foi um convite para repensar como uso as redes sociais e para buscar um equilíbrio entre a criatividade e a realidade. Talvez, no fim das contas, essa mudança seja um passo positivo para todos nós.